top of page

𝗢 𝗖𝗮ç𝗮𝗱𝗼𝗿 𝗱𝗲 𝗣𝗶𝗽𝗮𝘀, 𝗞𝗵𝗮𝗹𝗲𝗱 𝗛𝗼𝘀𝘀𝗲𝗶𝗻𝗶

  • Foto do escritor: gmr
    gmr
  • 16 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

O livro conta a história de Amir (personagem principal e narrador) um garoto rico de Cabul, no Afeganistão, e Hassan, que um é hazara, raça considerada inferior na sociedade afegã, condenado a permanecer como serviçal para o resto de sua vida. Eles cresceram juntos, e Hassan sempre dedicou a sua vida ao amigo.


"𝘌 𝘦𝘴𝘴𝘦 é 𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘣𝘭𝘦𝘮𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘴ã𝘰 𝘴𝘪𝘯𝘤𝘦𝘳𝘢𝘴: 𝘢𝘤𝘩𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 é."


Amir nunca teve como principal característica a coragem ou a nobreza, ao contrário de Hassan que sempre se distinguiu por sua bravura. Essa falta de senso de valentia foi definitivo para que o destino de Amir fosse selado. Em meio a um momento decisivo em que a ação de Amir era necessária sua covardia dominou-o mais uma vez, só que agora com consequências imensas.


"𝘗𝘰𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳 𝘪𝘯𝘫𝘶𝘴𝘵𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦 𝘦𝘮 𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰𝘴 𝘥𝘪𝘢𝘴, à𝘴 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘵é 𝘶𝘮𝘢 ú𝘯𝘪𝘤𝘢 𝘷𝘦𝘻, 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘢𝘭𝘵𝘦𝘳𝘢𝘳 𝘰 𝘳𝘶𝘮𝘰 𝘥𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘪𝘳𝘢."


Amir é o tipo de personagem que gosto de chamar de “cinza” – não é vilão nem o mocinho. Apresenta uma complexidade de pensamentos e sentimentos que são acentuados graças a narração em primeira pessoa; é um personagem assustadoramente real. O autor esfrega na nossa cara o livro todo de maneira crua e brutal a verdadeira face do ser humano, fazendo com que a gente se questione: na vida real, em um momento de “correr ou agir”, o que nós faríamos? Até onde vai a coragem e qual o peso da covardia?


"𝘈𝘣𝘳𝘪 𝘢 𝘣𝘰𝘤𝘢 𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘴𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰. 𝘘𝘶𝘢𝘴𝘦. 𝘖 𝘳𝘦𝘴𝘵𝘰 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘵𝘦𝘳 𝘴𝘪𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘧𝘦𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘴𝘦 𝘦𝘶 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘥𝘪𝘵𝘰 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢. 𝘔𝘢𝘴, 𝘯ã𝘰 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦. 𝘚ó 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦𝘪 𝘰𝘭𝘩𝘢𝘯𝘥𝘰. 𝘗𝘢𝘳𝘢𝘭𝘪𝘴𝘢𝘥𝘰."


Khaled Hosseini, por ter nascido em Cabul, conseguiu dar um toque extremamente pessoal na narrativa que, com capítulos que variam de tamanho e com uma escrita fácil, me fizeram devorar o livro. Ele faz uso de palavras nativas fazendo com que a gente tenha uma maior conexão e proximidade com a cultura, o lugar e os personagens, fazendo com que essa leitura nos faça entrar de cabeça em um mundo completamente (ou não) diferente do nosso.


"𝘔𝘢𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘰𝘣𝘳𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘯ã𝘰 é 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘮 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰, 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘩𝘪𝘴𝘵ó𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘳𝘳á-𝘭𝘰. 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦, 𝘥𝘦 𝘶𝘮 𝘫𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰, 𝘦𝘭𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘨𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘤𝘢𝘱𝘢𝘳."


Durante toda a leitura eu senti muito– angústia, raiva, tristeza. Mas senti tudo tão intensamente que não tenho como não colocar essa capacidade de comoção do livro como sua melhor parte. É um livro doloroso, que nos faz questionar nossa moral e nosso caráter, e é um livro muito real. Pra mim, um livro bom é aquele que faz com que a gente sinta algo, e esse livro é emoção do começo ao fim - me fez entrar em uma ressaca literária porque não conseguia pensar em outra coisa senão esse livro. É o famoso “esse livro me destruiu, toma 5 estrelas!”.


“𝘗𝘰𝘳 𝘷𝘰𝘤ê, 𝘧𝘢𝘳𝘪𝘢 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘮𝘪𝘭 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴!”


Comments


Post: Blog2 Post

©2020 por Resenhas GMR. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page